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sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

World of Craft - The Battle for Azaroth: uma cópia de Senhor dos Anéis e Starcraft, mas com um gráfico incrível

As semelhanças entre Sarah Kerrigan de Starcraft e Sylvanas Windrunner de World of Craft vão além do nome que há nas duas franquias (craft), pois ambas foram possuídas por uma força maligna e suas respectivas franquias pertencem a desenvolvedora Blizzard Entertainment, Inc. que torna possível uma possível adaptação sem ser taxada de plágio. 
[Reprodução dos trailers via YouTube.]



Que a franquia de jogos, de RPG, World of Craft é uma cópia fraca em termos de história da trilogia de J.R.R. Tolkien, sem dúvida, não dá pra discordar; contudo agora o jogo World of Craft - The Battle for Azaroth passou um pouco dos limites em termos de “inspiração”.



Um problema hollywoodiano: efeitos especiais e direção incrível, mas história pobre

Eu não sou um expert em jogos de videogame e computador e realmente fujo desse mundo dos jogos por acreditar que eles deixam o ser humano como um zumbi; mas tenho que concordar que os gráficos de muitos jogos, inclusive World of Craft são incríveis!


Esse problema de se ter uma boa produção e uma história ruim é muito vista em filmes de Hollywood, não é uma exclusividade dos jogos virtuais. King Kong de Peter Jackson é o exemplo mais notável de um filme com excelente direção e efeitos visuais, mas péssimo se tratando de história e respectivo desenvolvimento e adaptação. O fato é que King Kong de Jackson foi um remake e não passou disso, mas mostra a fraqueza de Hollywood em desenvolver uma história interessante. Outro desastre foi John Carter da Disney, onde a produção e os efeitos especiais estavam de parabéns; contudo a narrativa continuava ruim.



A história nada original do jogo

As semelhanças com os livros de Tolkien fica mais evidente no trailer lançado pela Blizzard onde nos deparamos com orcs batalhando com a Aliança (união composta por homens, elfos, anões e outros seres mágicos) e se aprofunda na introdução da vilã Sylvanas Windrunner que sem sombra de dúvida é uma cópia da vilã Sarah Kerrigan de Starcraft e que como ambos os jogos pertencem a Blizzard, então, não sei se dá pra se chamar de plágio ou de uma adaptação usual. Em Starcraft: Sarah Kerrigan é uma humana que lutava contra extraterrestres inimigos e por fim acaba possuída pelos mesmos a fim de batalhar contra os humanos; em World of Craft: Sylvanas Windrunner é uma elfa que antes lutava contra o inimigo e acaba sendo controlada por este sendo usada do mesmo jeito que Kerrigan, como fantoche de guerra. Ambas podem ter sido inspiradas na figura do zumbi do folclore haitiano, onde um mago negro através da prática do vodu controla um humano e faz dele seu escravo.

No livro O Hobbit temos a batalha dos cinco exércitos que mais tarde seria a introdução ao mundo de Tolkien e da Terra-Média (a midgard dos nórdicos). Em World of Craft temos uma breve introdução também do que foi a batalha de elfos e homens e que mais tarde se formou a Aliança que existe no mundo de Azeroth.

Se Tolkien fala de uma Terra-Média, onde é um continente parecido com o europeu; em World of Craft nos deparamos com um planeta chamado Azaroth. Uma sacada bem bacana dos criadores da história possivelmente influenciados por autores defensores da teoria dos deuses astronautas.

A cousa se agrava quando a vilã Sylvanas Windrunner surge e esta parece ser uma versão adaptada também de Saruman, embora ao que me parece esse, nos livros, optou por descrença nos homens em se unir a Sauron, no filme Constantine vemos isso com o anjo Gabriel.

Por fim há a figura do Lich (figura folclórica de um mago das trevas que usa magia negra para continuar vivendo e para dominar os outros. Parece muito com o mago negro do vodu haitiano também) que criou proporções na literatura a partir dos trabalhos de Robert E. Howard como Skull Face (1929) e Scarlet Tears [fonte: Wikipédia: Lich], portanto pré Tolkien. Porém fica óbvio que há um quê de Sauron no Lich King de World of Craft.



Será que um jogo precisa de uma história muito boa?


Como já dito World of Craft é um jogo cujo os gráficos são inquestionáveis e a jogabilidade fica por conta dos gamers de plantão. A análise aqui feita é só sobre a história e não sobre os efeitos visuais e sobre o modo de jogar.

Se World of Craft tem uma história mal cozida, o mesmo não acontece com a franquia Dead Space, por exemplo. A reflexão sobre a interpretação humana do universo é incrivel. Esse jogo que tem por influencia os trabalhos de H.P. Lovecraft traz uma narrativa onde há uma reflexão sobre a ufologia poder se tornar uma religião tão devastadora quanto as religiões atuais. O jogo faz uma análise do contraditório na mente humana e do desespero do homem diante de um universo vazio e desconhecido.

Em jogos virtuais a história não é tão importante quanto a jogabilidade, Mario Bros. que não nos deixa mentir; a história clichê de salvar a princesa do dragão não conseguiu desviar o sucesso gráfico e a jogabilidade do mesmo. Resident Evil 4 com Leon salvando a filha do presidente e se envolvendo em loucuras as vezes fora de lógica possível também não desviaram o sucesso do jogo. Plants Vs Zombies com seus zumbis com superpoderes impossíveis também não destruiram a fama de um jogo divertido e meio alucinógeno. 

O deplorável mesmo é quando se trata de algo que depende unicamente da história para manter o público em interesse como livros, HQs e filmes, que já não é o caso de um jogo virtual; o visual e a jogabilidade ditam as regras e por de trás temos uma história básica como num joguinho bem famoso dos experts: o xadrez.

John Carter foi uma decepção para a Walt Disney por depender apenas de uma história ruim para prender o público. O mesmo não acontece com os jogos de videogame. [Reprodução via Youtube]